Resultados de 2012 mostram que Avon conseguiu se estabilizar

Operações importantes para a companhia, como Brasil e Rússia, voltaram a crescer


"2012 foi um ano desafiador para à Avon, mas eu estou animada de ver que o negócio global está mostrando os primeiros sinais de estabilização. Temos muito trabalho pela frente, mas estou confiante de que, em 2013, vamos ver progresso no nosso plano de metas financeiras de três anos". Com essas palavras Sheri McCoy, há pouco mais de um ano no cargo de CEO da maior empresa de venda direta do mundo, anunciou os resultados da companhia para o ano de 2012.

No último trimestre de 2012, a receita de US$ 3 bilhões representa uma queda de 1%. Descontada a variação cambial do período, as vendas avançaram 1%. Globalmente, o número de representantes ativas subiu 1%. As vendas de produtos de beleza da Avon foram  2% mais baixas (ou 1% maiores sem a variação do câmbio). Por categoria, as vendas de perfumaria ficaram estáveis, maquiagem e cuidados pessoais caíram 1%, enquando cuidados com a pele teve queda de 5%. Sem o impacto do câmbio, perfumaria e maquiagem subiram 2%, cuidados pessoais, 1% e cuidados com a pele caiu 2%.

Em um primeiro momento, o mercado recebeu bem os números da empresa. "Apesar de ainda existirem grandes desafios, houve uma melhoria fundamental", disse a analista do Banco de Montreal Connie Maneaty, em um relatório divulgado no início da semana. Ela lembra que as vendas na América Latina e na unidade que compreende Europa, Oriente Médio e África, responsáveis por três quartos das vendas da Avon, estão crescendo.

As vendas na América Latina cresceram, principalmente, por conTa da adição de novas representantes de vendas ativas. O número de unidades vendidas foi 6% superior. O Brasil, maior mercado da empresa, viu as vendas, descontada a variação cambial, crescerem 10%, graças ao incremento no número de representantes ativas. O resultado reportado, no entanto, foi 3% inferior, fruto do enfraquecimento do Real frente ao dolar no período. Na Rússia, outro mercado vital para a Avon, as vendas avançaram 3%. O resultado não teve nenhum impacto do câmbio.

2012
As vendas da empresa para todo o ano de 2012 somaram US$ 10,7 bilhões, 5% a menos em relação a 2011. A queda nas vendas resultou em um prejuízo de US$ 38 milhões. O resultado foi fortemente impactado pela queda de 18% nas vendas da Silpada, uma divisão que vende bijuterias, pelo qual a Avon pagou US$ 650 milhões em 2010 (as vendas anuais da empresa no mesmo período eram de US$ 230 milhões). As vendas na América do Norte, e na Ásia-Pácifico, também apresentaram quedas, de 8% e 4% respectivamente. Por outro lado, no acumulado do ano a América Latina avançou 3%, para US$ 4.993 bilhões.

Para recuperar a saúde financeira, a Avon descontinou sua operação na Coréia do Sul e no Vietnã, cortou 1500 empregos e anunciou o fechamento de dois centros de distribuição nos Estados Unidos. Tudo isso é parte do plano de econimizar US$ 400 milhões em 2015. A empresa também declarou que estuda alternativas para a unidade Silpada.
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