Embalagens para produtos de tratamento corporal: na dose certa

Aplicar um produto corporal de maneira correta é essencial para a eficácia de um tratamento. E nesse processo, as embalagens possuem um papel fundamental para auxiliar o consumidor     
 

Não adianta: não existe mulher no mundo que esteja satisfeita com o corpo que tem. Sendo assim, elas estão sempre experimentando tratamentos na esperança de acabar com a indesejada celulite, reduzir medidas, ou, simplesmente, como num passe de mágica, fazer as estrias desaparecerem. E tal inconformidade do público feminino com o próprio corpo, naturalmente, não passa despercebida pelo crivo atento dos especialistas de Marketing e P&D das empresas de cosméticos ao redor do globo, que – sempre e cada vez mais – vêm investindo pesado no desenvolvimento de novas tecnologias em ativos aptas a combater os principais problemas estéticos corporais que tanto incomodam as mulheres.

Mas não são somente formulações sofisticadas, contendo ativos de última geração, que definitivamente, conseguem a façanha de eliminar ou transformar alguns desses piores pesadelos das moçoilas na materialização do seu doce sonho de acordar com um corpo perfeito. Essa dinâmica também passa, obrigatoriamente, pela correta aplicação do cosmético para tratamento corporal escolhido: algo fundamental para garantir resultados eficientes ou, ainda, evitar o mico de aplicar quantidades insuficientes ou excessivas àquelas recomendadas pelos fabricantes, o que, na maioria dos casos, equivale a não utilizar o produto.

É nesse contexto que a embalagem passar a exercer um papel fundamental para a categoria de tratamento corporal. O exemplo mais tangível de como ela pode auxiliar tanto o consumidor quanto o profissional de estética a utilizar de maneria correta e intuitiva o produto, são as válvulas dosadoras, que quando comprimidas, liberam a quantidade exata e rigorosamente necessária de produto para cada aplicação. “Muitas empresas trabalham com essa tecnologia que trazem essa facilidade para as usuárias, o que auxilia na eficácia do tratamento”, sublinha Soraya Oliveira, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da ADCOS Cosméticos, empresa nacional especializada no desenvolvimento de itens de tratamento corporal para o mercado profissional. 

Soraya, entretanto, lamenta o fato de que nem todos os produtos da categoria contam com esse dispositivo que facilita a vida das consumidoras. Porém, a profissional revela que existem outras formas de auxiliar a mulher a entender qual é a quantidade de produto que deve ser utilizado por aplicação. Uma delas, muito comum quando a embalagem são os conhecidos potes de “boca aberta”, é a espátula, que funciona como referencial de medida para a consumidora. “Quando não há uma válvula dosadora, nós a orientamos por meio de algum referencial, como é caso da espátula”, explica.

Proteção essencial
Definitivamente, garantir a eficácia do produto num mercado cada vez mais demandante de cosméticos para uso corporal que efetivamente funcionem – as mulheres não perdem mais tempo com formulações que ficam só na promessa – é uma dinâmica que exige cada vez mais também das embalagens no que diz respeito à proteção das fórmulas, para que não degenerem ou não entreguem o que prometem. Assim, mais e mais elas recebem aperfeiçoamentos para atender, também, a esse importante atributo.

Um exemplo disso é a Revitalift, marca de tratamento corporal da francesa L’Oréal. Vendida no varejo e distribuída para o grande público, ela faz uso a válvula dosadora para facilitar a vida da consumidora, sim. “Porém, o ‘Pump Air Less’, dispenser empregado no produto, não somente existe para tornar a aplicação do produto mais fácil e, ainda, o tratamento efetivo. O ‘extra’ fica por conta da proteção que o sistema de dispensação oferece à fórmula, evitando que os ativos tenham contato com o ar”, pontua Carlos Lopes, diretor de Desenvolvimento de Embalagens para a América Latina da L’Oréal. (na foto abaixo)

Sem dúvida, proteger a formulação é a função primordial de toda embalagem, para evitar a migração de agentes do ambiente externo em frascos, potes e bisnagas. Só que no caso dos produtos de tratamento corporal tal responsabilidade se multiplica, uma vez que o oxigênio presente na atmosfera tem o poder de degradar, de forma rápida, muitos componentes sofisticados nela cuidadosamente dosados para gerar resultados. “Daí, apostar na tecnologia ‘airless’, que além de preservar a qualidade e a eficácia, também prolonga a durabilidade de um cosmético é algo inteligente”, opina a executiva da ADCOS.

Diferentes públicos, distintas aplicações
O mercado de produtos para tratamento corporal atende  dois tipos de público: o consumidor final e o profissional de estética. E públicos diferentes possuem necessidades diferentes, e demandam embalagens específicas. Soraya Oliveira explica que este último está sempre e prioritariamente em busca de soluções que convirjam para a oferta de uma boa relação de custo x benefício.

Em outras palavras, apesar de também entrar na avaliação dos profissionais de estética que os utilizam, basicamente não necessitam de grandes aparatos de visual ou mesmo de design sofisticado, atributos este que cedem seu lugar de primazia para outros, como praticidade e facilidade de transporte. Isso, sem falar que as embalagens precisam apresentar, necessariamente, capacidades para armazenar grandes volumes de cosméticos de bodycare, em função de sua utilização em doses quase industriais.

“Por se tratar de um público altamente especializado, não é preciso dotar os frascos, por exemplo, com válvulas dosadoras, uma vez que as esteticistas conhecem empiricamente a quantidade certa de produto que deve ser utilizada em cada aplicação. Assim, para a  ADCOS, uma marca voltada ao tratamento profissional, os atributos que colaboram com a eficácia dos produtos têm muito mais a ver com os já citados aspectos racionais, do que, propriamente, com o emocional ou com o glamour”, ressalta a executiva.

O mesmo, é claro, não acontece com as marcas voltadas ao uso para a consumidora final, que disputam a atenção desta com os concorrentes de maneira bastante agressivas nas gôndolas do varejo. Aí, sim, entra em cena soluções de design glamouroso, que, inegavelmente, são bastante efetivas no sentido de atrair os olhares femininos no ponto de venda.

E não é só isso: por se tratar de um público que muitas vezes não entende a importância do modo de aplicação para a eficácia do tratamento, a embalagem deve funcionar como uma ferramenta de auxílio para a consumidora na hora de utilizar o produto. “É imprescindível que a embalagem seja de fácil manuseio e utilização. Para a consumidora final é muito importante que, além de preservar as características originais das fórmulas, as embalagens também consigam despertar interesse e gerar esse nível mágico de atratividade”, finaliza Carlos Lopes, da L’Oréal.
 

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